sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gente alemã...

Gente alemã é sisuda? Nem sempre. Sim, eles andam com uma cara séria armada no metrô e são corteses em várias situações, em outras - como num esbarrão - nem sequer um "desculpe, sim". Mas, dizer que alemães não têm senso de humor ou não são espirituosos também é um exagero ou simples clichê.

Quando riem o fazem de uma maneira quase tímida, um riso meio preso, meio mudo, escondido por trás da boca cerrada e de uma mão sobre ela (baseei-me em uma pessoa em especial, tenho que dizer). Mas esse post é pra contar um caso e não para falar de generalidades.

Quarta de manhã, na lavanderia - que me rende váaaaarias histórias - uma discussão com um exemplar genuíno da terra das salsichas que concertava uma das máquinas de lavar do Klaus. Ele veio rindo - sem mão na boca ou boca fechada - e dizendo que "meus filhos não vão ter língua mãe, vão ter língua paterna!". A pendenga foi tentar explicar o porque do adjetivo "mãe" "madre" para a tal "muttersprache". Eu e meu alemão - a língua - capengas e ele e seu riso frouxo. Conclusão a que chegamos: Cada louco com a sua mania!

Final da conversa, perguntou meu nome. Daiana, respondi. E ele: "Ohhhhh! Daiana (faça uma pose de amazona preparando-se para atirar com arco e flecha) como na mitologia! Ela é uma grande divindade... Mas eu prefiro Baco!" Eu, dessa vez, é que fui rindo pra casa.

Como se não bastasse a dose de loucura, duas quadras a frente da lavanderia, duas gurias cantam a plenos pulmões "Hakuna Matata" trepadas (hehehe, mentes poluídas!) na mureta de uma fonte! Bonito, viu... dia cinzento, pessoas insanas. Eu gosto! (Pior foi meu pensamento por um segundo: Ah, essa febre ´Madagascar´. Dois instantes depois: Carai! Isso é ´Rei Leão´!)

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