sábado, 20 de dezembro de 2008

A derradeira.

A maldicão de sexta-feira mais uma vez atou os pés dessa gente bonniana. Ela, muito faceira, nos levou para um outro inferninho, acreditava eu, mais adulto que os dois últimos. Esperança desfeita ao som de Kate Perry que, felizmente, teve como contraponto de Foo Fighters a Killers e músicas do tempo do onça.

O lugar, desta vez, chamava-se "Carpe Noctem", safaduxo sem deixar de ser clichê. No menu, o de sempre: Gente dançando enquanto nossa turminha tomava cerveja e falava, falava, falava. E entre uma conversa e outra surgia uma música insessante: "Olha a festa macaaaaco... Torcida é coração.. Quem não canta é amargo... Nunca vai sair campeão... Inter cagão, inter cagão". Essa noite, porém, algo inusitado aconteceu...

Era despedida de um dos membros da turminha, nem todos estavam presentes, mas de toda a forma a noite foi boa. Entre uma cerveja e outra, um brinde e fundos de garrafa batidos contra o gargalos de outras tantas. Jorra a espuma, espirra a cerveja. Coloca-se a mão sobre o bico ou mete-se a dita cuja na boca, entornando tanta cerveja quanto conseguir.

Numa dessas brincadeiras, um dedo surge entre tantos outros e mete-se em uma garrafa alheia. Ela, a dona do dedo, quando tentou fazer o caminho inverso, gritou: Ai!

Suspense.

Eu, ao mesmo tempo, via o caco de parte do gargalo cair: Plic. Era um triângulo que deixava o anel superior do bico da garrafa preso na carne macia da mão.

Tentativa frustrada de quebrar o vidro, paramos no hospital. A cara de cada médico ou enfermeiro - ao conter o riso - denunciava: Isso nunca aconteceu. Depois de algumas tentativas, cinco pontos e um dedo enfaixado, fomos todos à Colônia e dissemos: Auf wiedersehen...

Nenhum comentário:

Postar um comentário