quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Caracoles!

Carai... Depois de amanhã volto para o Brasa. Foda, véi... foda. Meu coração tá uma bagunça sem tamanho.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Calatà.

Barcelona é TU-DO. Mas uma das "atrações nacionais" são mesmo os catalãos... Cara feia e nenhuma questão em serem agradáveis. Achei típico, grosseiro e engraçadíssimo!

Mais gulodices...

Mais gulodices para o prazer de cada um: Amsterdan, Berlin, Barcelona... Todas elas me ofereceram momentos de prazer instantâneo via oral. Hehehehe... Sem mente suja, vão alguns sabores...

Poffertjes - Amsterdan

Uma espécie de mini panquecas gordinhas degustáveis com manteiga e açúcar de confeiteiro ou doce-de-leite, nutella e uma infinidade de coberturas. São feitas como uns bolinhos coreanos que se come na Liberdade, em São Paulo, nichos pequenos em formato redondo que recebem a massa (próxima a panqueca ou crepe) viarada com desenvoltura por dois palitos. De-lí-cia!

Chorizo - Portugal e Espanha

Diferente do nosso chouriço, esta espécie de "salame" não leva sangue e é deveras saborosa. O português se assemelha a uma linguiça, enquanto o espanhol lembra algo entre copa e salame, mesmo. Hummmmm...

Patatas Bravas - Espanha

Batatas gordinhas levemente fritas ou cozidas cobertas por um molho apimentado de doer a língua.

Ginginha - Portugal

Licor doce e forte, tipicamente português. Segundo o Martins, não é uma bebida de um lugar muito específico do país. É uma mistura de um certo tipo de cerejas (ginja), aguardente de vinho e pode levar algumas especiarías como canela. Bom pra ficar mutcho loco.

Logo posto mais diliças!

Koeln.

Tirei um domingo para passear por Colônia. Fora a kölsch, cerveja leve e saborosa que se faz por aqui, há muito a ser visto e provado. Era quase 25 de dezembro. A cidade estava cheia. O mercado de natal é muito, muito maior do que o de Bonn. Vale cada passo dado, cada euro gasto.

Há, assim que você sai da Hauptbahnhof - HBF (estação central), uma infinidade de opções. A HBF em questão, aliás, é uma das mais movimentadas da Europa, cerca de mil trens pos dia - dado da National Geographic - passam por ali. Logo se avista a Dom, Catedral imponete. Ao seu lado, está quase desavisado, o resto da muralha que protegia a cidade. O "resto" propriamente dito é um portão românico (romano), já que a cidade é uma das mais antigas da Europa.

Esse é um bom ponto para iniciar o passeio. Você pode optar por fazer um tour que liga as fontes do centro histórico, ver o casario da Südstadt e perder-se por seus pátios - em um deles há duas estátuas, o Gordo e o Magro, diz-se por ali que se vc passar a mão no rariz do gordo e fazer um pedido, o desejo se concretiza; resultado: nariz polido - ou seguir o reno por bares e restaurantes, escapando, vez por outra, por uma ruela calçada com paralelepípedos.

Eu, tentei fazer o passeio das fontes, mas logo me vi encantada pelas casas antigas. E segui, meio sem rumo... parando numa ou noutra "taverna" para pegar uma cerveja e um "calorzinho". Como era época de festas, as ruas estavam cheias. Havia gente cantando e dançando...

... Para quem tem mais tempo para gastar com Colônia (e vale a pena, devo dizer) há museus, muitos. Arte moderna, antiga, artefatos históricos. O museu Ludwig, por exemplo, tem exposições de arte e fotografia contemporâneas. Funciona de quinta a domingo e, também, conta com um café e uma livraria bárbaros. Eu, amei!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

I am.

I AMsterdam.

Todo mundo já viu essa brincadeirinha com o nome da cidade. Eu, agora, tenho uma foto enconstada à frase. Coisa de turista, sim, com orgulho.

Fui pra Amsterdam essa semana. Cidade linda, companhia impecavelmente deliciosa e gentil... não podia ser melhor. Como estou devendo um milhão de posts, escrevo logo sobre isso.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Multi.Culti

A vantagem de estar na Europa é a proximidade com culturas diferentes. Bom, talvez isso seja intensificado pela "comunidade internacional" que é a DW, mas a questão é: Onde eu experimentaria um típico prato togolês e outro iraniano em uma mesma mesa?

No último sábado fui a um jantar multicultural. Havia gente do Brasil, de Portugal, Togo, Irã, Alemanha e Moçambique... Era um jantar para amigos e cada um deveria "repersentar" seu país com uma iguaria típica.

Do Irã veio um molho de iorgurte com espinafre e uma salada com batatas e outros legumes parecida com a nossa "salada de maionese", mas muito, muito mais sutil e refinada.

Do Togo: Bananas "da terra" fritas, coxas de frango (creio) e um purê que levava farinha de mandioca, todos servidos com molho de tomate.

De Portugal trouxeram vinho do Porto branco (!!!!!), bacalhau às natas, patapas de bacalhau - uma espécie de panquecas de bacalhau, fritas - salada de feijão fradinho e o mais fantástico queijo que já provei na vida! É um queijo da serra, redondo, que parece duro, mas que na verdade tem consistência e cor de requeijão... e um gosto estupendo!

Da Alemanha, as quase óbvias, salsichas. Bratwurst - brancas e fritas - com purê de batatas e chucrute. Também uma bebida que eu não me recordo o nome nas é parecida com o Jagermeinster. É forte e tem um gosto sutil de ervas. E, claro, cerveja.

Os brasileiros entraram de sola... Empadinhas, pão de queijo, farofa - que foi muuuuito bem com o Bratwurst - batidas de caju e côco.

Delicinhas de encher a mesa, os olhos e a pança!
_____________________________________

O melhor, foi ter todas essas delícias acompanhadas de gente querida. A casa da Marta vai entrar pra história de Bonn (pelo menos para a minha história em Bonn) como um lugar de reuniões e festinhas mais do que especiais.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Empadinhas!

Eita! Sabe, sabe o que eu e a Re fizemos no sábado à tarde?
EM-PA-DI-NHAS! Empadinhas de palmito... Eram deliciosas e lindas (Recheio: Frau Krieger. Arte: ... Dessas mãos aqui!)!! A receita foi um pouco improvisada, feita com palmitos não dignos do nome "imperial", mas saborosos, e forminhas de muffins. Estas, deixe dizer, deram trabalho para que a "forma" fosse perfeita!
No final, uma formada de delícias que foram saboreadas num jantar multi-cultural!
Mais, nos próximos capítulos!

(As da foto não são as nossas, mas tá valendo!)

Anedota!

Heheheh... Escutei uma piadinha agora, claro, quem contou foi o Martins e ela tem a ver com costumes e (pré) conceitos:

No céu, os cozinheiros são franceses; os policiais, ingleses; os organizadores, alemães e os amantes, italianos.
No inferno, os cozinheiros são ingleses; os policiais, franceses; os organizadores, italianos e os amantes, alemães.

Achei graça!

Alemães.

São altos. São loiros. São...

Muito educados ou nem um pouco. Questão de costume.

Dizem "bom dia", "boa noite", "bom final de semana" quando você entra onde quer que seja, mas se esbarram contigo... Ahhhhhh, não espere um pedido de desculpas.

Desejam "bom apetite" à mesa, mas a maioria não tem qualquer refinamento com talheres.

Não fazem cerimônia se o nariz está "sujo", qualquer lugar é lugar para assoá-lo discretamente, ou não.

Não pedem licença para passar, forçam a passagem em 96% das vezes. Nos transportes públicos, quase nunca dão o lugar aos mais velhos. Maaaas, quando na direção, param o veículo para que o pedestre passe. Também respeitam os sinais de trânsito.

Fazem o que estão com vontade, são "respeitadores" e não se metem na vida alheia (pelo menos aparentemente).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Köln!

Köln, Koeln, Cologne, Colônia.

De vinte e cinco a pouco mais de trinta minutos - dependendo do trem - de Bonn. Cerca de 30 quilômetros. Colônia é uma cidade que pulsa, um dos melhores carnavais da Europa, a catedral mais surpreendente que vi até hoje.

Colônia, talvez devesse ser a capital da Renânia do Norte Vestifália, estado alemão que também reúne: Bonn (eita, claro!), Essen, Druisburg, Dortmund e Düsseldorf, a capital de fato. Digo isso porque Colônia é vibrante. A cidade é considerada a capital da mídia alemã, é a quarta maior da Alemanha com quase um milhão de habitantes, é altamente voltada ao comércio, turisticamente imperdível e reúne uma porrada de museus.

Não bastasse, ouvi por aqui que a Catedral só não foi destruída durante a Segunda Guerra por dois - possíveis - motivos: Ou o comandante da operação era religioso (hehe!) ou era um adorador da arte... A cidade foi severamente castigada...

Bom, fui a Colônia algumas vezes. A noite, numa mostra de cinema e num jantar. Antes, para a abertura do carnaval. Mas nunca havia visto realmente a cidade. Desta vez, foi diferente... Vai um ponto a ponto... ou quase...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Pudim!

Mais uma gastronomia... (ou quase)

Experimentei cá por essas bandas (ui Geo, escapou!) uma massa achatada e açucarada, no centro creme belga. Delícia que traz o nome: Pudim!

Fiquei eu com a maior vontade de Pudimdeleitemoça! Aquele, mesmo... hummmmmmmmmmm! Do ESTADÃO! Meu vício de (quase) todo dia em Sampa! Melhor, só se vier com chantilly!...

Münster

No domingo (ainda em 2008), fui bandear em Köln (Koeln, Cologne, Colônia...) e, enfim, botei meus pezinhos na catedral (Dom). Mas esse post, na realidade, é pra falar de uma outra igreja. - Sim, sim igrejas são uma paixão! - No sábado, entrei pela segunda vez na Münsterbasilika de Bonn e parecia que nunca havia estado lá...
A tal igreja do século XIII, imponente como ela só, é também um mosteiro, parte esta que aos turistas nao é dado acesso. A Münster fica bem no centro de Bonn e tem ares medievais com predominância do estilo Românico. Em seu interior, obras de arte sacra barroca e uma cripta que pouco fica aberta ao público. Lá, diz-se, estão os restos dos patronos/ mártires da cidade: Cássio e Florêncio.

Antes de ir... eles pedem pra que você reze. Dá pra colar, se não ocorrer nenhum pai-nosso ou ave-maria... Aqui, versão hispânica:

"Señor, me presento ante Ti como uno de tus numerosos hijos. Lejos de toda disipación, me encomiendo a Ti. A Ti me entrego como a una mano bondadosa. No necesito hablar para que Tú me escuches. No necesito hacer recuerdo de las cosas que me faltam. Quiero sencillamente estar em tu presencia y pedir tu bendición para mí, para los mís, para todo el mundo... Amen."

Faz bem, às vezes...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Segunda-feira.


Drops:
- Quem, diabos, cobra pelo queijo ralado para o macarrão?
Na Alemanha, quando o bar quer parecer "barato" e é tacanho, isso é possível. Trinta centavos por um DEDAL de queijo da pior qualidade... Juro, se fosse bom, teria pedido mais, mesmo que a indignação por pagar pelo complemento me tomasse de assalto.

- Experimentei outras duas cervejas: Astra e Beck´s Gold.
A primeira é feita em Hamburgo, amarguinha. Vem numa garrafa "corotinho" de 330 ml. Vale o quanto pesa, de 1,80 a 2,20 pelos bares alemães. A outra, versão de 0,5 l da Beck´s original vem, ao contrário da segunda, em uma garrafa transparente e incolor. É pouca coisa mais amarga que a de garrafa verde. Gostosinha... tá bem pago o euro e meio cobrado pelo dono do kebab no fim de noite.

- Desabafo...
Cheguei a conclusão de que gosto muito pouco das Beck´s originais. Sim, sim... Tomei muito, muito delas, mas o gosto não é o que mais me agrada. É um pouco... "doce".

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Maybe.

Às vezes o acaso é a melhor saída.
O descompromisso, a simples certeza de que aquele é o instante que vale. Amanhã, talvez...

2009 é um ano de incertezas e, quem sabe, a vida veio me dizer isso da melhor forma essa semana. Veio me dizer que a "incerteza" desses próximos 365 dias pode ser, sim, muito, mas muito boa!

Sábado à noite eu ouvi histórias. Ouvi sobre escolhas e pessoas e o verbo é mesmo esse: Ouvi. Porque eu ouvi mais do que disse, recebi de presente um traço de vida tão doce quanto não podia esperar. Meu interlocutor falou-me de sua vida. Suas escolhas nessa terra, sua cidade no extremo norte alemão às margens do Báltico. Falou-me de amigos e de amores, do bom e do mau-humor germânico. Dos verões.

No sábado à noite eu tomei cervejas e elas me fizeram bem, serviram para fazer rir. Sábado a noite eu dancei, ri com pessoas que já fazem tão parte de mim que vai ser difícil deixar cada uma partir. Sábado.

Já não era sábado quando cruzei a ponte rumo a um mundo que parecia "de mentira". Fui a praia, sentei-me na areia, ouvi o barulho das pequenas vagas a morrer entre as pedras. O céu estava claro, havia areia nas roupas, os sapatos foram deixados de lado. Na volta, uma música, uma dança, saltitamos saltimbancos.

Amanhã, maybe.

Janelas.

Edward Hopper gosta de janelas. Eu gosto de janelas. Sempre gostei. Gostava de desenhá-las e pulá-las quando era molecota e, jovem, elas me fascinam enquanto elemento de arquitetura e em aspecto filosófico. Uma janela pode fazer uma casa simples se tornar diferente, como também pode a-ca-bar com qualquer fachada.

Desde de que cheguei, as janelas me chamam a atenção, talvez porque sejam diferentes das que costumo ver por São Paulo. Arquitetonicamente, as alemãs são, em sua maioria, de vidro. Vidros amplos e lisos, há poucas com pingadeiras ou elas são, simplesmente, diferentes. Também seus parapeitos são mais largos, formando uma base interna onde mora a grande diferença dessas peças germânicas.

Em todas - ou quase todas, vá lá - janelas desse país há um quê de aconchego. Nas construções próximas ao Reno não é difícil ver vidraças que servem de base a desenhos infantis feitos com tinta guache. Muitas vezes, as figuras trazem barcos coloridos... Longe das águas uma infinidade de bibelôs, folhagens, móbiles, figuras coladas e, no natal, candelabros e luzes.

Lembro que, em uma das noites que caminhava com o pessoal da DW pela Altstadt (cidade velha), falamos sobre essa particularidade. A teoria do aconchego nasceu daí. Num país onde o frio é intenso e muito se pemanece em casa é totalmente plausível que esta seja uma forma de dialogar com o mundo de forma amena... Que esta seja uma forma de trazer "calor" pra dentro...

A primeira do ano!

A primeira postagem do ano vem ultrapassando todas as que estou devendo... Simples, não sei ao certo sobre o que eu devo escrever - e a listinha está esquecida em casa. E é tão, mais tão importante que vale a "falta de lógica cronológica"!

Hoje, segunda-feira "braba" depois de um domingão preguiçoso em que fiquei esparramada na cama a (tentar) ler minha antologia dos Beatles em alemão e que valeu um banho e uma saída de casa apenas para comer um falafel. Era a primeira coisa salgada que botava no estômago, depois de um sem número de cerejas, bolachinhas e suco de laranja com um sabor beeeeem artificial.

Antes de levantar, estiquei o braço e puxei a cortina escura para espiar a "cara do dia". Não esperava um sol magnífico às nove da matina, mas queria conferir se o gramado ainda levava a geada que permanecia irretocável há quatro ou cinco dias. Qual surpresa foi a minha ao ver todos os carros, bicicletas, telhados, folhagens e árvores totalmente brancos.

Nevava, nevava mais do que eu acreditava possível por essas bandas. Tudo estava branquiiiinho e os flocos não se continham, continuavam a cair e cair. E foi assim durante o resto de manhã. Eu, botei uma blusa grossa e um casaco, meti uma meia felpuda e duas outras mais finas, sendo uma "calça" e saí. Luvas de couro e cachecol... Precisava trocar minha passagem.

O caminho para o aeroporto entre Bonn e Colônia foi um espetáculo invernal a parte. Nos campos, viam-se algumas pessoas acompanhadas por cachorros e as casas e árvores tinham um ar natalino inconfundível.

Marquei a passagem, se nada mudar, estou em São Paulo na manhã do dia 31. Marquem o dia, vou querer festa!