quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Devendo.

Continuo devendo postagens, eu sei... Quando volatr pra Bonn, atualizo! O Natal é em Berlin, por um acaso dos acasos! E, pra adiantar, tá pau-a-pau com Sum Paulo no meu cuore (ou quase!)

Nhami, nhami!

Nhami, nhami, nhami... O blog quase culinário volta a ativa trazendo sabores alemães - ou não - para sua gula!

Passei por alguns lugares esses dias e me deparei com comidinhas turcas que nao havia provado e delícias dos mercados de natal além-Bonn (ou não!), por partes:

Langos (pronuncia-se langosh, segundo o que eu colei da Vejinha): é uma comida húngara. Experimentei no mercado de natal de Bonn e oh, tá aprovada! A tranqueira é uma espécie de pão/pizzinha frita e quente recoberta por uma camada de creme de cebola (se você apreciar) e uma, duas ou três iguarias que vão do tradicional queijo a óbvia - pelo menos por essas bandas - páprica. No original, parece que o langos (não é redondo, é quase oval, meio irregular) traz "um indecifrável molho de salsicha, alho, tomate, cebola, páprica, pimentão e um monte de outros temperos e ervas".

Knobrot: esse é o pão (Brot) de alho (Knoblauch) dos branquelos alemães. O dito em nada se parece com o nosso quase homônimo - posso dizer isso? - pão-de-alho-para-churrasco-brasileiro... É redondo e também frito, vem recoberto com manteiga ou outras variações mais rebuscadas. O que eu comi, em Colônia, trazia creme-de-leite (num diga!) e queijo em uma das metades e páprica (num diga!), tomate e azeitonas verdes na outra. Pra comer e chorar!

Pfaffer...(alguma coisa): não me lembro do nome todo, juro(!), mas anotei e logo arrumo... Também provei no Weihnachtsmarkt (mercado de natal), em Colônia - que, diga-se de passagem é maior, mais variado e mais caro que o de Bonn - e me fez chorar de alegria. Hehe, falando sério: Eu ficava olhando pro alemão carrancudo ao meu lado e rindo, mostrando o "tar" pãozinho pra ele: "Tá bão né, Tio!?" Sim, mais uma massa, o Pfaffer...(tralalá) é uma massinha de ervas coberta por queijo, bacon ou champignons e creme-de-leite. Dá água na boca e esquenta o estômago. Vale cada centavo dos quatro euros que eu paguei chorando pra velhinha com cara de mamãe-noel!

Lahmacun: crepes de carne com pimentão ou pizza turca. É uma mini-pizza fina e enrolada. No caso, a que eu comi não trazia carne, só uma base de pimentão. Aqui, nos dönners, eles servem com ou sem salada. Eu, claro, pedi com. Vem molho de iogurte com alho, cebolas cruas, repolho roxo, alface ou acelga, pepino e tomate e é uma bomba enorme e saudável!

Börek: também comi no kebap (também conhecidos como kebab ou dönners) e é basicamente uma massa folhada com recheio. O meu, pra variar, era de queijo de cabra. Bem qualquer nota, devo dizer.

PS: Lahmacun e börek foram as duas primeiras coisas que eu comi ao botar o pé em Berlin! Como já disse uma vez: Se está na Alemanha, faça como os alemães, coma comida turca!


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

23.

Hoje é dia 23, anti-véspera de Natal e eu estou de folga. Viajo para a Irlanda amanhã, mas ainda não comprei passagem. Sim, sou atrapalhada e estou devendo alguns posts: Janelas, maldição de sexta-feira - a derradeira, mais comidas, basílica de Bonn e passeio em Colônia.

Logo, talvez nem tão assim, eu escrevo.

Feliz Natal pra todo mundo! Um puuuta 2009!

sábado, 20 de dezembro de 2008

A derradeira.

A maldicão de sexta-feira mais uma vez atou os pés dessa gente bonniana. Ela, muito faceira, nos levou para um outro inferninho, acreditava eu, mais adulto que os dois últimos. Esperança desfeita ao som de Kate Perry que, felizmente, teve como contraponto de Foo Fighters a Killers e músicas do tempo do onça.

O lugar, desta vez, chamava-se "Carpe Noctem", safaduxo sem deixar de ser clichê. No menu, o de sempre: Gente dançando enquanto nossa turminha tomava cerveja e falava, falava, falava. E entre uma conversa e outra surgia uma música insessante: "Olha a festa macaaaaco... Torcida é coração.. Quem não canta é amargo... Nunca vai sair campeão... Inter cagão, inter cagão". Essa noite, porém, algo inusitado aconteceu...

Era despedida de um dos membros da turminha, nem todos estavam presentes, mas de toda a forma a noite foi boa. Entre uma cerveja e outra, um brinde e fundos de garrafa batidos contra o gargalos de outras tantas. Jorra a espuma, espirra a cerveja. Coloca-se a mão sobre o bico ou mete-se a dita cuja na boca, entornando tanta cerveja quanto conseguir.

Numa dessas brincadeiras, um dedo surge entre tantos outros e mete-se em uma garrafa alheia. Ela, a dona do dedo, quando tentou fazer o caminho inverso, gritou: Ai!

Suspense.

Eu, ao mesmo tempo, via o caco de parte do gargalo cair: Plic. Era um triângulo que deixava o anel superior do bico da garrafa preso na carne macia da mão.

Tentativa frustrada de quebrar o vidro, paramos no hospital. A cara de cada médico ou enfermeiro - ao conter o riso - denunciava: Isso nunca aconteceu. Depois de algumas tentativas, cinco pontos e um dedo enfaixado, fomos todos à Colônia e dissemos: Auf wiedersehen...

Natal.

Quando você junta a despedida da senhorinha mais simpática e amorosa que a Deutsche Welle teve em seus quadros de funcionários pelos últimos 38 anos e a confraternização de final de ano da Casa de África da DW isso dá: Rumba!

Hehehe... Quarta-feira teve festa no trabalho, no horário de, inclusive. Toda gente dançou e tomou vinho. Toda gente se emocionou porque a Frau Yalçuk vai deixar seu escritório e curtir a vida de uma outra forma, mais Ruhe (calma - como ela mesma disse).

Festa boa, rendeu uma tentativa de rumba e passos de música grega. Isso, porque era uma festa "em África"! O melhor da festa, claro, fica nas entrelinhas!

:)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Agrafadores e obamas


Sim, sim... posts esquisofrênicos são minha especialidade de hoje!

Há pouco entra o Márcio aqui na sala perguntando: Onde está o Obama, quem é que está com o Obama?
Eu, cara de "ahn?".
Ele continua... Nosso dicionário de inglês.... O dito, capa negra.
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Meio minuto atrás, o Daniel - de Moçambique mora há anos na Alemanha - procura um agrafador. Agrafa o quê?...
Ele explica: Chama-se agrafador porque coloca agrafos nos papéis.
Aaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhnnnnnnnnnnnn...

Grapeador pra nós.

Olhos negros.

Meus solhos não são lá muito escuros. É um castanho meio-termo como do do Seo Sinésio. Meu pai, claro, não usa delineador ou lápis para os olhos e portanto o fenômeno "esverdeamento" é natural e creio, depende muito do humor.

Há muito que não pretejava os olhos. Sexta, talvez motivada (influenciada indiretamente, diria melhor) pela confusão de nacionalidades que toda gente me impõe - e que exclui a brasileira e inclui a turca - passei lápis. Daquela forma, por dentro das palpebras (não achei melhor forma de dizer isso). Num primeiro momento tive o ímpeto de tirar toda aquela palhaçada da cara que desde os tempos paulistanos só vem recebendo um quê de "bem nascida", como diz a Geo...

Meio da tarde, por mais que retocasse, a coisa tomou vida própria e logo estava com uma sombra vultosa e negra sobre e sob os olhos. Acostumei e já a noite, dados os devidos retoques, fiquei a vontade. Alguns elogios e sustos depois, descobri que sombras nos olhos refletem parte do que você espera do dia. Mais ou menos festa. Eu a queria toda!

(Post esquisofrênico, eu sei)

Novos.

Aqui, longe de casa, fiz e continuo a fazer novos colegas e amigos. É interessante como o fator "distância" e uma certa "solidão" dão peso às relações quando se está em um outro país. A gente passa a sentir algumas coisas de maneira bem diferente. Eu sei que daqui algumas pessoas vão ficar, como ficaram londrinenses, baruenses, "paulistanos" (com e sem aspas) e toda gente de outras paragens.

Mas esse texto é pra falar não só de novos, mas de velhos e queridos. Alguns desses exemplares jurássicos nessa vidinha ficam cada vez e cada vez mais presentes e fortes e amados. Se você leu e se identificou, pode estar nessa lista.

Amo vocês.

Uma carta.

Wait, oh yes wait a minute mister postman
Wait, wait mister postman
Mister postman look and see
If there's a letter in your bag for me
I been waiting such a long time
Since I heard from that girl of mine
There must be some word today
From my girlfriend so far away
Please mister postman look and see
If there's a letter, a letter for me
I been standing here waiting mister postman
So patiently
For just a card or just a letter
Saying she's returning home to me

So many days you passed me by
See the tear standing in my eye
You didn't stop to make me feel better
By leaving me a card or a letter
Please Mr. Postman, look and see
If there's a letter, oh yeh for me,
I've been waiting, a long long time
Since I've heard from that girlfriend of mine.
You gotta wait a minute, wait a minute
You gotta wait a minute, wait a minute
You gotta wait a minute, wait a minute
You gotta check it and see, one more time for me
Wait
Wait
Wait
Deliver the letter, the sooner the better
Wait

The Beatles.

Jorge.


Eu sonhei que se chamava Jorge. Mas Jorge, meu deus, é de são, é filho de. O guri não era.
Quem chama-se Simon nessa vida, oh!?
(Não, ele não tem a ver com o dragão... Muito pelo contrário.)

...

"Jorge sentou praça na cavalaria

E eu estou feliz porque

Eu também sou da sua companhia

Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem

Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem

Para que meus inimigos tenham olhos e nao me vejam

E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal

Armas de fogo meu corpo não alcançarão

Espadas, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar

Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar

Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Jorge é de Capadócia, viva Jorge!

Jorge é de Capadócia, salve Jorge!

Perseverança, ganhou do sórdido fingimento

E disso tudo nasceu o amor

Perseverança, ganhou do sórdido fingimento

E disso tudo nasceu o amor"

A maldição.


A maldição de sexta-feira nos agarrou pelos pés, mais uma vez.
Eu, não posso queixar-me. Ressaca zero no sábado.

Eu e Julieta fomos ainda cedo pro Mercado de Natal. Lá nos afogamos em goulash no pão com molho de natas. Seis euros, caro, mas muito, muito saboroso. Depois ela, champignons ao molho de ervas com pão e eu, batatas abertas com creme de ervas.

Pés quase congelados, partimos em busca de um bar quentinho. O novo eleito, Podcast. Decoração bacaninha com bancos que pareciam pás de sorvete, preço naquelas. Tomamos algumas cervejas e vimos a mesa aumentar e aumentar a nossa volta. Amigos!

Carla, uma angolana criada em Portugal, disse categórica: Vamos abanar o rabo! E lá fomos, dançar e dançar! O nome do inferninho ou, melhor, raucherclub era N8schicht . Era uma espécie de porão cerca da Stadthaus (prefeitura) e de um outro bar bacaninha, o BLA. Adolescentes e jovens, calor, paredes vermelhas e pretas. Becks geladas.

A música no começo muito ruim foi melhorando e melhorando... Vá lá, tocou até Oasis e Elvis... não devia então ser só efeito das cervejinhas... Resultado, mais uma vez fechamos o bar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gente alemã...

Gente alemã é sisuda? Nem sempre. Sim, eles andam com uma cara séria armada no metrô e são corteses em várias situações, em outras - como num esbarrão - nem sequer um "desculpe, sim". Mas, dizer que alemães não têm senso de humor ou não são espirituosos também é um exagero ou simples clichê.

Quando riem o fazem de uma maneira quase tímida, um riso meio preso, meio mudo, escondido por trás da boca cerrada e de uma mão sobre ela (baseei-me em uma pessoa em especial, tenho que dizer). Mas esse post é pra contar um caso e não para falar de generalidades.

Quarta de manhã, na lavanderia - que me rende váaaaarias histórias - uma discussão com um exemplar genuíno da terra das salsichas que concertava uma das máquinas de lavar do Klaus. Ele veio rindo - sem mão na boca ou boca fechada - e dizendo que "meus filhos não vão ter língua mãe, vão ter língua paterna!". A pendenga foi tentar explicar o porque do adjetivo "mãe" "madre" para a tal "muttersprache". Eu e meu alemão - a língua - capengas e ele e seu riso frouxo. Conclusão a que chegamos: Cada louco com a sua mania!

Final da conversa, perguntou meu nome. Daiana, respondi. E ele: "Ohhhhh! Daiana (faça uma pose de amazona preparando-se para atirar com arco e flecha) como na mitologia! Ela é uma grande divindade... Mas eu prefiro Baco!" Eu, dessa vez, é que fui rindo pra casa.

Como se não bastasse a dose de loucura, duas quadras a frente da lavanderia, duas gurias cantam a plenos pulmões "Hakuna Matata" trepadas (hehehe, mentes poluídas!) na mureta de uma fonte! Bonito, viu... dia cinzento, pessoas insanas. Eu gosto! (Pior foi meu pensamento por um segundo: Ah, essa febre ´Madagascar´. Dois instantes depois: Carai! Isso é ´Rei Leão´!)

Família.

"Família janta junto todo dia, nunca perde essa mania"... e eu digo: Ainda bem! Família unida é a coisa mais legal desse mundão de meu deus! Alguns amigos que tenho têm famílias - e amor familiar - invejáveis. O Honesko, por exemplo, acho a coisa mais bonita quando ele fala dos pais, dos irmãos... Quando faz igual ao seo Miro à mesa e fala de raízes. A família da Geo e suas reuniões de final de ano, toda gente, toda comida, toda folia...

Essa semana, aliás ontem, conheci mais uma família de quem virei fã, a do meu chefe. O António é caboverdiano e paizão. Eu e a Julieta fomos à casa dele buscar uma bicicleta que ele doou - deu. Conclusão: Tomamos vinho bom, comemos coisinhas gostosas, ouvimos música boa, mas o melhor foi sentir o clima de felicidade da casa meio brasileira, meio caboverdiana.

A Lígia, mulher do António é uma simpatia só e as filhas do casal, gêmeas e pequerruchas são lindas, lindas, lindas! Descobrimos, eu e Julia, qual das duas vai ser a boêmia. Uma noite daqui oh!

(Não gosto muito de citar nomes por uma razão simples: Aqui eu me exponho e não necessariamente outras pessoas querem que isso aconteça, mas dessa vez - e em algumas outras - é inevitável... :))

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Gulodice, Rulez!

Esse blog vai mudar de nome. Algo como "Bonn sabor" poderia mesmo ser útil, já que mais da metade dos posts fala sobre gulas, comidas, sabores e experiências gastronômicas.

Ontem, tive mais uma. Dolorida, devo dizer. "Manhã, tão bonita manhã" cinzenta eu saio à rua munida de roupas sujas, sabão em pó e amaciante. Vou à lavanderia mais simpática de Bonn (a do Klaus, já referida neste blog), encho duas máquinas e saio em busca de uma polaina preta (Geo, não sofra!).

A busca dá em nada, a mais barata que encontrei custava 8,89 euros! Um roubo! Me contento então com uma KRAKAUER no mercado de natal. A lingüiçona mais fina, rosada e tostadinha que as bratwursts é e-nor-me! Mordi uma das partes que fica pra fora do pãozinho branco que a envolve e: AAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai! Puta queimada na boca! A "tar" krakauer é originária da Polônia, região de Cracóvia, a que eu degustava vem com o inovador aditivo: creme de queijo. O "molho" branquelo é fumegante e injetado nas lingüiças, o que faz com que você perca a sensibilidade da boca toda!...

Tirando as queimaduras, gostei da tranqueira. Inclusive fiz um tiozinho interromper seu caminho e comentar: "Hummm, também gosto de krakauer, aliás devo comer uma agora mesmo!". (Sim eu inventei! Fiquei tão contrangida em ver o velhinho falando comigo sobre a lingüiçona que ruborizei e não ouvi absolutamente uma palavra!)
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Susto do dia: Krombacher. Não que a cerveja seja ruim. Não posso sequer dizer isso... porque, tentei, mas não consegui provar. Ontem indo pra casa numa vibe TPM-emputecida-com-o-mundo tive o coração degelado por um quarteto de jazz e desejei firmemente uma breja.

Parei em um kebab e corri os olhos pela geladeira: Beck´s, Früh, Bitburger, Heineken, Guinness eeeee Krombacher! Olhinhos brilhantes e o desejo de prová-la quase saciado, agarrei a garrafa enquanto as duas funcionárias decidiam o preço. 2 euros e uma tampinha depois, detenho o gole para apreciar o rótulo.

Tcharaaaaaaaaaaaaaaam: Alkoholfrei! (Acho que todo mundo captou!)... Ainda insisti, dei um gole antes que a garrafa fosse cheia para a lixeira... Frustrante!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Carros!

Um post sobre carros. Na terra da BMW e da Volkswagen quem me chama a atenção não tem o design mais arrojado do último modelo nem faz de zero a cem em menos de seis segundos. Um é um Citroën que deve contar uns 50 e tantos anos sobre seus pára-lamas.

Ele fica, vez por outra, parado em frente a Deutsche Welle no que penso ser um atelier. O tal carrinho, próximo a um fusqueta, deve também ser de artista. É multicor numa vibe Flower Power fosca (fosca mesmo, não tosca) e bancos cobertos por mantas de pelúcia. O puto parece que sente quando eu quero trazer a câmera e desisto ou esqueço e aparece aqui na porta!

O outro exemplar foi a paixonite e a gargalhada dessa manhã. Não sei a marca, modelo ou ano, mas posso pesquisar. Sei que é preto, antigasso e tem uma aura "Dom Corleone". Mas todo o glamour do tal não se compara a inventividade do dono.

Centro da cidade, parado próximo à ferrovia está o possante (hehehehe), dentro um manequim (mulherzinha, óbvio!) maquilada e vestida para festa, com um dos pés sobre o enconsto do banco do motorista, um braço dado a um trombone e na mão livre uma taça de champagne!

Luxo, babe! Luxo!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Eu tava...

Eu juro que tava emagrecendo, mas já não tenho tanta certeza. Como Geo disse: Esse blog se acaba na comilança - é claro que esse blog soy yo!
Acabei de provar mais uma tranqueira infeliz de tão boa: é um bombonzinho toffee da Nestlè e chama-se ROLO - Oooops, quase escrevi besteira! - É de chocolate com recheio tipo toffee de leite. Triste, bom pra TPM, engordativo e não dá pra comer um só!




Ora, pipocas!

Meu desejo profundo (quantos desejos!) no sábado à noite era pipoca salgada e fumegante! Pensei mesmo em ir até um cinema só para consegui-la. Esqueço, porém, que estou em Bonn, onde não há estabelecimentos 24h além dos bares e inferninhos. Me contentei - e fui feliz, acreditem - com a mistura: leite, sucrilhos e nesquik chocolate . :)
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Estranho né, lembrava de "Os infiltrados" quase completamente. Detalhes de cenas, inclusive, mas havia apagado todo o final da memória!
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Sábado à tarde é uma hora imprópria para as compras. Parece que toda a cidade resolve gastar seu rico dinheirinho e todas as lojas possíveis ficam entupidas de gente. Eu, All Star em frangalhos, precisava de um tênis.

Fui à Spot Arena (Rá! Que nomezinho serelepe!) munida do desconto do Thiago pela "T Mobile" (empresa de telefonia móvel daqui). Ele, toda paciência do mundo pra repetir a pergunta pros vendedores: "Tem outra cor?" Porque eu misturei inglês e alemão na minha tentativa frustrada! Hehehehe...

Saí com dois pares pelo preço de um! Felicidade incomparável para alguém que está de TPM!!
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Felicidade ainda maior se você unir compras a chocolate! Depois de gastar ainda ganhei um crepe. O recheio: Nutella com nozes, praticamente o paraíso quente e doce.
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Dar adeus da janela do trem tem sempre uma aura "como há muito tempo" para a brasileira aqui. Me sinto indo à São Paulo via FEPASA e desembarcando na Estação da Luz com o vô Ivo!

Cheiros.

Hoje, pela manhã um solzinho tímido e uma umidade diferente, menos gélida me fizeram sentir o cheiro (!) das manhãs de frio em Torrinha. Foi estranho e bom. A cidade estava com uma aura diferente por poucos minutos - ou seria eu!?

Fotos.

Há cerca de duas semanas não encostava a mão na câmera fotográfica. Não que não haja o que se fotografar, aliás, minhas anotações sobre fotografias não foram executadas ainda. A escadaria da Bahnhof (estação central) , o Reno à noite ou os retratos do pessoal da DW continuam por ser feitos.

Depois de dormir das 17h às 21h, banho tomado, resolvo ir à rua e caçar imagens, mesmo que soubesse o mercado de natal fechado àquela hora e as poucas pessoas à rua. Rendeu-me a saída umas quatro ou cinco cenas, não mais. Prefeitura, Bertha von Sutner (Acho que é assim que se escreve - parada de trem da Beethoven Haus), uma ou duas ruas decoradas com luzes.

Caminhando já de volta pra casa, ouço: Daaaaaaaaaaaaaaaai! Eram Nádia e Carla a segurar canecas de coração com um resto de Glühwine. Conversamos, tomamos cerveja (QUENTE como de costume) e eu fui feliz pra casa, apesar do frio.
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Ah! A melhor da noite: Sei que não sou uma brasileira que as pessoas esperam ver. A idéia que se tem é que somos todas mulatas boazudas. A questão é que desta vez a imaginação das pessoas passou dos limites. Já me perguntaram se eu sou alemã (hein!?), inglesa, italiana (chegaram perto!), francesa, portuguesa... Mas dessa vez um TURCO perguntou se eu era TUR-CA!! Carai!
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Sobre como tudo é uma questão de ponto de vista:
Trem = Comboio
Ônibus = Auto-carro

Brasileiros acham a segunda forma estranha, portugueses e moçambicanos acham "engraçadinha" a primeira alternativa.

Cinemateca.

Festival de cinema em Colônia. Curtas. O nome: 11º Festival de Curtas-metragens de Colônia ou, simplesmente, Short Cuts Cologne nº11. A capa do catálogo: Girafas caindo de pára-quedas!

Filmes de várias vertentes que iam do conceitual abstrato ao erótico. Alemães, belgas, coreanos... e portugueses. Sim! Os tugas tiveram uma sessão dedicada especialmente à Terrinha. Foram seis curtas, aqui também, os temas eram diversos.

O que mais mexeu comigo foi uma animação, na verdade a noite valeu por ela. O nome:"Cães, Marinheiros". 7 minutos em 35mm de um traço incrível! Os animadores: André Ferrão, André Marques e Joana Toste. O argumento é do escritor Herberto Helder. Para ler o texto:
http://silencio.weblog.com.pt/arquivo/021857.html
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Impressões:

Eu seria feliz em Colônia. A cidade é viva, pulsa... É da maneira que gosto, com gente, festas, acidentes (não que eu goste deles) e tudo o que vem junto com a vida.

Mostra de Cinema parece ser igual em todo lugar seja no Brasil ou na Alemanha. Espaço alternativo (mesmo que não seja), alguma poeira na sala (que me fez tossir e ir para o banheiro quase colocando os pulmões boca afora durante uns 5 minutos), público intelectualóide.

Café-da-manhã

Meu desejo mais profundo é uma padoca paulistana. Uma média e um pão francês com queijo branco quente.

Hoje pela manhã tentei satisfazer essa vontade. Acabei tomando café com sahne (creme de leite) e comi um pão próximo ao nosso "de sal" com queijo e frikadelle. Quem diabos come "frikadelle", almôndegas, polpetones pela manhã?!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Gula.

A felicidade natureba (hehehe, dessa vez é saudável!!):
- É a combinação entre framboesa (ela mesma), johannisbeeren (amora selvagem - bem azeda) e cereja pela manhã pode deixa feliz qualquer cristão (ou agnóstico, no caso).

Mais amarelo, menos doce:
- Assim é o suco de laranja (no caso, industrializado) por essas bandas.

Um nó saboroso:
- Pretzel, como conhecemos nos Brasil, ou brezel como vejo na Alemanha são basicamente a mesma coisa. Aquela massinha doce ou salgada, leve e em formato nó! Não sei se há diferenças entre eles, na verdade - se houver e algum de vocês souber, diga! - mas o que interessa é a variação que comi feito louca hoje pela manhã no Mercado de Natal ao som de um naip de metais.
Era o tal nó, grande e salgadinho, mas que tinha o seu espaço central (o vão mesmo e não o interior da massa) preenchido com queijo! Quente, gorduroso e fantástico!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dezembro.

Por que tem que chegar dezembro?

Tipos.

Não me canso de olhar as pessoas e a maneira como se comportam, vestem, falam.

Hoje, meio-dia. Eu em uma das paradas do metrô, enquanto ele ainda funciona como metrô de superfície, olho pra uma senhorinha de seus 60 e muitos - na melhor da hipóteses. Me chamou a atenção porque era loura platinada, maquiada para a noite, cabelos curtos e adornados por uma faixa de pluminhas azuis. O sobretudo era vermelho-vivo e deixava ver as botas country marrons. Pra completar uma bolsa preta trazia estampas de caveira em dourado. Maravia. Foi toda faceira Altstadt (cidade velha) adentro.

Logo depois um senhor, esse com mais de 70 certamente, vinha com seu andador de rodinhas e duas cestas. Estava todo de preto e tinha uma carinha bem simpática. Na tal cesta, um buquê de rosas amarelas. Tentou acionar o botão que libera as portas do metrô/trem (aqui é possível re-abrir as portas dos trens ou ônibus logo depois que são fechadas), mas não havia tempo. Detrás de seus óculos diminutos de lentes amarelas mandou sem mais demora: - Scheiße!!!! (Tiozinho boca suja!) E saiu a caminhar até o final da plataforma onde sentou-se sobre o andador e ficou a praguejar.

Eu, entrei no trem.

Expressões!

Alemães: - Scheiße! (Merda! Qualquer pessoa, qualquer faixa etária e classe social, em qualquer situação diz.)
Portugueses: - Dâaah-ssse... (ou Fuuoo-da-se... diz-se como em um degrau. O nosso foda-se, com mais ênfase.)
Portugueses: É giro! (É bonito, benhê!)
Moçambicanos: Houve lá. (Diz-se: Ovilá. Como Houve lá uma situação...)
Portugueses: Pá. (Para tudo, acompanhando qualquer expressão ou intercalando frases. Especialmente em situações de estresse.)
Alemães: Ach sooooooo... (Pra tudo! Pra dizer que entendeu, pra dizer que se conforma, pra dizer ok...)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O som do humor.

Ah-ooo, ah-ooo, ah-ooo
I'm in a sad mood tonight, oh
I'm in a sad mood
I'm in a sad mood tonight
Oh my baby done gone away & left me
My baby done gone, yeah
My baby done gone away & left me
My baby done gone

I don't know why she left me
I don't know where she's gone
But all I know is I'll never be happy
Until my baby comes back home, yeah because...

I'm in a sad mood tonight
Oh my baby done gone away & left me
My baby done gone

Oh I don't know why she left me
But there's one thing I know
I know that if my baby tells me she'll come back home
I'll never never do it no more, yeah because...

I'm in a sad mood tonight, oh I'm in a sad mood
I'm in a sad mood tonight
Oh my baby done gone away & left me
My baby done gone, yeah
My baby done gone away & left me
My baby done gone

I'm in a sad mood tonight
Oh I'm in a sad mood tonight
She got me in a sad mood tonight...

& fade...

(Sad Mood - Sam Cooke) - Andam dizendo que meu humor é assim.
;)

Pra felicidade durar...


Pra felicidade durar, há de se cultivar coisas felizes. Hehe.

A minha plantaçãozinha inclui saciar desejos latentes, como o de consumir uma daquelas bengalas de natal. Pois então, sábado, eis que eu e Julieta entramos em uma lojinha de doces. E eu me derreti por um desses pirulitos tão raros (ou seria a expressão correta: deslocados, em nosso calor tropical brasuca?!).

Saímos da loja e eu feliz da vida fui abrir a embalagem que envolvia a bengala. Quebrei o pirulito, alegria de pobre dura pouco mesmo!

(PS: Quem quiser um... eu levo!... as daqui são brancas, vermelhas e verdes.)
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Não vou lembrar o nome do dito, mas aqui, na época do natal é comum das pessoas procurarem por um calendário em que a cada dia, você abre uma portinha e encontra uma surpresa. Quase sempre, delícias de chocolate.

Uma graça!

Jostein Gaarder - o escritor de "O mundo de Sofia" - tem uma obra com o mote baseado em um calendário desses, no caso, mágico. Chama-se "O mistério de Natal".

Humphf!

Tô doente!

Romeu e Julieta.

Acreditem!

Romeu e Julieta não morreram, sua relação não rendeu um final trágico e sim um casório e uma filhota.

Romeu, moçambicano de Maputo era colega de redação. Querido, sorriso largo e cheio de expressões - oh, pá! - deixou os domínios da Deutsche Welle na sexta e, por isso, fomos festar. Uma despedida com direito a olhos brilhantes e algumas lágrimas contidas com discrição.

A primeira parada: O QG da redação em português em Bonn, o Mexicano! (Seria um saudosismo tropical?). Alguns burritos, tapas, kölsh(es), plisener(s) e caipirinhas (!!!!!) depois... todo mundo pronto pra balada.

No "Der (die??) Goldene Engel", uma horda de quase recém-jovens posadolescentícios, um fumaceiro danado e - pra variar - cerveja quente. E, mesmo assim, a gente se divertiu. E dançamos, viu! Eu especialmente com o refrão (rsrsrs): "We are your friends/ You´ll never be alone again! Come on!" (Justice vs. Simian).

http://br.youtube.com/watch?v=6zo1-XlazvY


Só um "adendo" ... Na disco, logo depois de uma escadaria cruel, um anjo dourado com os pezinhos a mostra espera que você faça um pedido e esfregue a mão nele! Um máximo!

Mercado de natal engordativo!

Mercado de natal em Bonn é igual a mais quilos na balança. Jesus! Como se come nessa terra de meu Deus! E depois que o Thiago abriu meus olhos - talvez antes um pouco embaçados pelo excesso de óleo - comecei a reparar na quantidade de frituras e toda sorte de alimentos carregados de azeite, óleo, gordura mesmo que se consome aqui.

Sábado, frio da porra, eu e a Julia fomos ao mercado. Não felizes em passea entre as barraquinhas ela pediu uma porção de cogumelos com cebolas de molho de natas (ou creme de leite, como quiserem) e eu me atirei às panquecas de batata (FRITAS) com cebola e demais condimentos acompanhadas por geléia de amora. Hummmm!
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Antes do Mercado:

A idéia era patinar. Atrasada duas horas ao encontro me restou, assim como aos meus companheiros, meter-me entre batatas-fritas regadas à maionese e ketchup, cogumelos com creme de leite e chocolate quente.

Eu fiquei com medo de calçar os patins, passar por cima e decepar os dedos de alguma criancinha. Também, na pista completamente abarrotada, ia ser muito, mais muito mais constrangedor não parar por mais que dez segundo em pé, sobre as lâminas, o que dirá, patinar.

Resultado: Passei frio e vontade. Vou ter que voltar para a pistinha! O tal frio, aliás, rendeu uma bela dor de garganta. Quero sopa da Dona Sonia!

Mais comidinhas!

Se você estiver na Alemanha, não sinta vontade de tomar um milkshake. A menos que alguém recomende muuuito. Esta semana, minha segunda decepção.

A primeira com o yakisoba. Seco, esturricado e com OVOS! Ninguém precisa... Também queria eu o quê de um lugar especializado em comidas mexicana, oriental, italiana e wraps, entre outras opções. Antes de abrir a quentinha, eu sentia o gosto do macarrãozinho chinês servido pelo Bacana´s em Bauru. Verdade, o yakisoba deles é simplesmente fantástico!

A segunda, óbvio, com o tar milkshake. Já não sou lá muito fã do McDonald´s e essa foi a gota d´água. Sem gosto e sem aquele canudo especial que o Bob´s oferece e faz com que a sucção do Ovomaltine seja perfeita! Aliás, a minha vontade seria saciada com um desses. Mas não me importava se a oferta fosse de um Nutella no Fiftie´s.

Ai, ai!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

De como as coisas são.

Saber-se mais você dói. Saber-se mais autêntico, dói.

Nessas de muletas sociais e convenções do dia-a-dia a gente vai escondendo a personalidade. Engana-se as reais vontades, as palavras que deveriam ser ditas. Por vezes isso é bom, evita conflitos, mas na maioria - creio atualmente - só faz retrair aquilo que chamaríamos "sentimento verdadeiro".

Às vezes é preciso gritar, outras vezes falar baixo... Mas falar baixo pode ser tão difícil quanto se fazer ouvir aos berros.


Músicas do dia:

Fidelity - Regina Spektor

I never loved nobody fully
Always one foot on the ground
And by protecting my heart truly
I got lost in the sounds
I hear in my mind
All these voices
I hear in my mind all these words
I hear in my mind all this music
And it breaks my heart
And it breaks my heart
And it breaks my heart
It breaks my heart
And suppose
I never ever met you
Suppose we never fell in love
Suppose I never ever let you kiss me so sweet and so soft
Suppose I never ever saw you
Suppose we never ever called
Suppose I kept on singing love songs just to break my own fall
Just to break my fall
Just to break my fall
Just to break my fallBreak my fall
Break my fall
(e por ai vai...)

Acontece - Cartola

Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Novos vícios...

... como imaginar a vida sem eles?

- Jever.
- Pellegrino.
- Falafel Sandwich.

Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee....

- Fisherman´s Friend.

Explicando - a pedidos!

Jever: cerveja pilsener de garrafinha verde, mais forte que as kölsh, típicas dos arredores de Colônia.
Pellegrino: água com gás italiana suuuuuper tradicional.
Falafel sandwich: pão sírio, repolho cru, tomate e pepino, falafels (aqueles bolinhos vegetarianos), iogurte e molho de pimenta. (Pode ou não vir com queijo)
Fisherman´s Friend: Pastilhinhas extrafortes de menta, laranja, cereja, hortelã... com uma embalagem old school - a mesma que foi usada nesse rino acima.

:^)

Sinuca de bico.


Sobre sinucar:
- Nunca acredite em engenheiros que dizem não saber jogar sinuca.
- Nunca acredite em profissionais das exatas que dizem não saber jogar sinuca.
- Nunca aposte, você vai perder.

Se você for sinucar na Alemanha, prepare-se:
- As mesas quase não têm quedas - e isso é ótimo - mas em compensação têm bocas de caçapa maiores que as de ¨mesa de bar¨ no Brasil.
- Não se empolgue achando que vai fazer um programa boêmio: Sinuca, cerveja e cigarro. Não vi cinzeiros pela sala e a cerveja é SEM álcool.
- Anime-se: As mesas são bem conservadas, têm bolas e tacos bons, giz da melhor qualidade, triângulo para ajeitar as bolinhas e puxa-saco.
- A iluminação também é boa, três bicos de luz sobre o pano, porém, esteja ciente que a JUKEBOX - apesar de antiga e linda - pode conter pérolas que você NÃO deseja ouvir ou o dono do lugar pode ser fanático por rádio. Ou seja, horas de falatório em deutsch!
- Enquanto você e seus amigos brasileiros tagarelam sobre as tacadas, os jogadores da mesa ao lado não abrem a boca. Jogam três partidas e somem do bar.
- Luz boa pra foto, decoração impecável.
- Ein Stunde = 5 euros. Ou seja, uma hora = 15 reais.

PS: Leve tudo isso em consideração se você estiver em um CASINO.
O balanço:
- Terça-feira divertida. Sem sinuca de bico.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Friaca da porra.

Desculpe a boca suja. Posso mesmo passar sabão na dita cuja, se quiserem. Mas essa é a melhor expressão para o frio desses dias. Zero, um, menos dois graus como média real. Baixe esses números para conseguir a sensação térmica em torno de menos sete graus. Mãos doloridas, pés bem gelados, a menos que venham acompanhados de meias felpudas ou uma sucessão colorida delas.

Neve, chuva fina e tempo nublado fazem parte da paisagem... E sim, eu gosto.

Balancê.

Final de semana.

5 filmes.
2 inferninhos.
2 bares.
2 restaurantes.
1 mercado de natal folclórico.
1 jogo de futebol.
Neve.
Bolas de neve.
Sapatos molhados.
Frio.
Frio.
Frio.

E um sorriso doce.

domingo, 23 de novembro de 2008

Inverno.

Reno.
Frio.
Neve.


Tudo branco neste domingo: Carros, árvores, ruas, casas.
Frio, nem tudo estava.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A felicidade é redonda!

É redonda, custa 0,55 euro e tem 46% de choco cream.
Bolacha maria com recheio de nutella (ou quase). Um sofrimento!

A primeira neve, a gente nunca esquece!

Tá nevando.
Tá nevando, tá nevando, tá nevando!!!
Tá nevaaaaaaaaanddddooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!

Reunião de pauta e a Carla vira: Olha, tá nevando.
Eu dei um pulo da cadeira e saí correndo....
Iuuuuuuuuuuuuuuuupi!

(Washington Olivetto pode me colocar em sua coletânia ¨O primeiro a gente nunca esquece¨)

Short Cuts

Se Pablo Neruda concebeu uma ode a cebola (Ode a la Cebolla):

Cebolla,
luminosa redoma,
pétalo a pétalo
se formó tu hermosura,
escamas de crystal te acrecentaron
y en el secreto de la tierra oscura
se redondeó tu vientre de rocío. (...)

Vou eu escrever uma ¨Ode a Colher¨. Isso porque sou uma pessoa mão de vaca, sovina e que não está nem um pouco afim de gastar seu rico dinheirinho com utilidades domésticas por mínimas que sejam.
Explico: No Studentenwerk, onde moro, você precisa comprar pratos, copos, talheres, panelas... se quiser cozinhar e consumir sua comidinha. Me recuso! Como fora, coisas que não necessitem talheres e afins ou uso os dedos. Mas devo admitir que só se percebe a utilidade e a FALTA que uma coisa boba como uma colher faz, quando você quer e não há!

Comer com a mão é ¨O ÚLTIMO GRITO, BENHʨ.

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¨Enquanto os patos vão pro sul¨ eu acaminho ao longo da orla do Reno. Eles em formação ¨V¨ e eu a sentir os pés frios.

Meu primeiro contato com os emplumaditos foi no MEIO do rio. Pulei o gradil e me meti águas adentro através de um braço de terra. Ali, repousavam os patinhos de cabeça verde que até então se reservavam aos desenhos da Disney. (Pra ver como somos doutrinados culturalmente pelos países ¨frios¨... pois, é deixei meu lado comuna falar)

Pato pra mim, caipira, é branco e ¨faz amizade¨ com marrecos na fazenda... rsrsrs...

Essa semana, mais uma vez indo para a DW através do caminho que segue o rio, um barulho me fez olhar pra cima: Patos selvagens indo pro sul fugindo da friaca que se anunciou essa semana. Ôoo bicharada bunita, sô!
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Vivo praticamente como no século XIX, a coisa mais tecnológica no meu quarto esses dias é um despertador. O reloginho, feioso diga-se de passagem, custou a bagatela de 1 euro, porém seu tictac insessante me põe maluca, às vezes. Santo o que meteu um despertador no celular! E, juro, esse é o motivo mais forte para que eu deseje ter um por essas bandas.

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E por falar em tecnologias, há mais de um mês - simmmmm! já faz mais de um mês que estou aqui! - que não abro uma geladeira. De bar, aquelas com refrigerantes, não conta, beleza?!
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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Comidinhas!


Comidinhas, comidinhas, há assunto mais delícia?
Eu, praticamente não me aventurei mais através da culinária típica alemã. Parei nos wurst e nas batatas, mas descobri que esse povo, no dia-a-dia sabe preparar - e muito bem - iguarias vegetarianas.
Explico. Ando a almoçar na cantina da DW que, segundo meu chefe, é uma das melhores da Alemanha. Todos os dias eles oferecem opções vegans e eu adotei. Steaks de broto de feijão e grãos, purês, queijos e toda sorte de leguminosas, raízes e sementinhas decorados com capricho. É bom!
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Só para constar: Num duelo entre chocolate e queijo, eu fico com o queijo. O mesmo se for sorvete e queijo, pipoca e queijo e pizza e queijo (só não vale ser pizza 4 queijos!).
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E falando em queijos...

Paraíso da rataria, deve ser por isso que precisaram do flautista de Hammelin por aqui... Os queijos são baratos e numa variedade incrível. Goudas, emmentais, suíços, com e sem tempero, fatiados ou em pastas e peças. Tem pra todos os gostos e bolsos.

Como a minha burrinha não é lá muito polpuda, faço as contas e vejo qual o custo benefício da compra. Mas é interessante que, no Brasil, uma bandejinha de mozzarela fatiada custa em média 3 reais (cerca de 150gr). Aqui, pelo equivalente você pode levar para a sua cozinha e o melhor, suas receitas, seu pão e sua bocaaaa, queijos bem mais sofisticados. Uia!
PS: Eu queria muito queijo minas frito, neste instante! Prontofalei!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Novas expressões.

Uma só língua, mas dicam cá... Quantas expressões que nos distanciam. Se no Brasil, as regiões já se diferenciam por um tchê, um trem bão ou um ooooxii, imaginem você juntar: portugueses, brasileiros, moçambicanos, angolanos, cabo verdianos a um alemão que fala melhor português do que muito ¨filho da língua¨.

¨Scheiße¨ - no nosso dialeto lê-se chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiça -
¨Desculpe, sim¨, a mistura fica ¨maningue nice¨, ¨makwzu¨. ¨Fixe¨ mesmo. ¨Oh, pá¨! Duvidas de mim? ¨Ni de coños¨ que eu mentiria pra ti...
¨Foooooooogo¨! Tu não crês? Mas essas pessoas são deveras ¨a fuder¨.
¨Poooooooorrrrrrrraa¨, estás agora a crer? Que bom! ¨Que massa, caaara!¨
Mas isso não seria ¨sem nexo¨?... ¨Merde!¨

(Merda! - no nosso português boca-suja lê-se merda -
Desculpe, mas a mistura fica muito legal, irmão. Muito legal, mesmo. Ah! Duvida de mim? Nem fodendo que eu mentiria para você...
É fogo, viu?! Você não acredita? Mas essas pessoas são deveras legais, queridas, um máximo.
Porra, está acreditando agora? Que bom! Que ótimo, cara!
Mas isso não seria um pouco sem nexo?... Merda!)

Nem todas as expressões são em português, mas são largamente utilizadas pelos falantes de língua portuguesa aqui homenageados. Nem sempre elas são politicamente corretas... Mas como disse o alemão hoje: Somos jornalistas!

Uma sexta maningue nice pra todos! (A minha favorita!)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Infeeeeeerno!


Em Sampa, um dos bares da Augusta e, portanto, da moda é o club Inferno. Mas inferninhos de todo tipo pipocam pela mais controvertida - e divertida - rua da metrópole. Ali, no Santa Augusta, já teve lugar uma das festas mais divertidas que pude aproveitar nos meus meses paulistanos: I used to be famous.

Essa semana, recebi o convite da última edição, mas infelizmente, mesmo que o convite tenha vindo com a sugestão: ¨Pegue um avião pra cá!¨ Não posso ir. :(
Talvez motivada por essa vontade/nostalgia da turminha e da festa, lembrei horrores da IUTBF ontem. É que após um show de boleros com bossa e uma entrevista fui para um pub onde rolava mais uma despedida, essa a derradeira, para a dona da festa de sexta. O bar, legítimo Irish, chama-se James Joyce, tem decoração interessante, é quente e cheio de recortes, tem dardos e sinuca e um atendimento péssimo. O resumo, as pessoas e o clima da noite amenizaram a demora da guria que nos atendia e eu gostei do lugar.

Não contentes - e aí chega a parte do inferno e da IUTBF - parte dos sobreviventes sairam do pub e rumaram para o puteiro! Sim queridos! Fomos eu, Julia e Thiago - os ¨sem fim da balada¨ - para um inferninho que, nos tempos em quem Bonn foi capital da Alemanha, era uma casa de tolerância. Hoje, inferninho digno de receber a IUTBF (ops, só não sei se caberia todo mundo) é um bar estiloso, muderno e enfumaçadíssimo. O nome, melhor impossível, é Blow Up, tem cerveja gelada, música mais do que boa (roooooooooooooooooooooooooooooock!) e gente bonita. Não custa pra entrar e é pertim de casa! Virei fã!

PS: Pessoas! Curtam a festa por mim!
:* Saudades!

A maldição da sexta-feira.


Aqui em Bonn há uma maldição: Toda sexta-feira pessoas felizes se transformam em pessoas ultra-felizes. Certo que isso não é ruim, porém há um efeito colateral, o sábado pasmaceira e cama. Uma parte dos moradores dessa cidade diz sofrer desse mal, que pode atingir homens e mulheres jovens em sua maioria, com algum dinheiro no bolso, uma cervejinha na mão e música animada.

Sexta passada rolou a despedida de uma das gurias. Foi para o Brasil, mas antes ofereceu horas de muita felicidade e - posteriormente uma feijuca - aos companheiros brasucas ou não em Bonn. A festa, na casa de uma portuguesa teve decoração ¨work in progress¨, serpentinas, muitas, muitas velas. O som comandado por quase todos os presentes consistiu de pérolas como ¨Evidências¨, ¨Tenho¨, ¨Eclipse Oculto¨, rock muderno e old school, e exemplares dos Palop mesclado a samba, tango e forró. Vou dizer, dançamos!

Mais que isso, nos divertimos. Pessoas com rostos diferentes, mundos, vidas, culturas diferentes que consumiram toda sorte de comidinhas, bebidas e a cerveja que achávamos muita, uma a uma deixou a geladeira e parou nos aparadores da sala. Becks, Jever,kölsh(es), Warsteiner, todas vazias. E entre uma e outra, uma remexida, um causo, uma foto ou piada, estouro de balões, muay thays, cantorias. Uma das melhores noites desses tempos!

E o melhor... a maldição da sexta, não teve efeito colateral!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Who loves the sun?


Solzinho puto! Apareceu todo faceiro hoje pela manhã, mas ontem, dia de carnaval em Colônia, o dito resolveu esconder-se.

Vou dizer o Karneval de Köln é uma experiência a parte. Segundo maior da Europa - só perde para Veneza - a folia é em fevereiro, como no Brasil, mas aqui, o grito de carnaval acontece bem antes em novembro. Mais exatamente em onze de novembro às onze e onze da manhã. 11 do 11 às 11 e 11, não por acaso.

Na internet você encontra duas explicações possíveis... a primeira e mais plausível tem a ver com São Martinho, a segunda, mais divertida, indica a repetição de números como uma referência ao que eles chamam de ¨número de cachaceiro¨. Tem seu por quê: Oito, nove da manhã, eu e Julia na Hauptbahnhof para tomar o trem que nos levaria ao festerê, e uma caralhada de pessoas fantasiadas empunhando cervejas, vodkas e toda sorte de vinhos e outras opções etílicas.

Engraçado, que sempre tão corretos os alemães são, que quando há uma atitude ¨errada¨ nós estrangeiros ficamos um pouco chocados. Depois de desafogado o trem digno de um pré-rush em Sampa, o que restava pelo chão eram muitas garrafas vazias... Enfim, saímos do trem e fomos atrás de alguns adereços para não parecermos as únicas fantasiadas de gente séria da festa! Hehehe...

As pessoas aqui, se fantasiam de verdade. São roupas bem elaboradas na maior parte das vezes. Algums chamam muito a atenção. Muitos Luigis e Mários, Amys e Coringas, mas os dois ¨pares de caras¨ que eu mais gostei foram dois barbados a la anos 70 vestindo agasalhos adidas e óculos escuros e outros dois ¨montados¨ a cavalo ou ema de pelúcia!

O povo perde a linha depois da contagem regressiva e da música que saúda Colônia. Entre inúmeras bandinhas folclóricas e barracas vendendo pretzel´s e wurst´s numa praça imensa eles bebem, paqueram, bebem e bebem. Tiram sarro da sua cara e gritam muito. É divertido. Além da praça um milhão de inferninhos abertos e cheirando a cigarro te esperam! Se você anda pra longe da muvuca central acaba encontrando festas paralelas em praças com jeitão medieval e ruelas estreiras. Em uma dessas ruas foi que encontramos um samba genuinamente espano-brasileiro e uma batucada com toda ginga brazuca. Num güentei o ziriguidum e dei uma sambadinha... hehe!

Infelizmente não fiquei até o fim, dia de branco. Reza a lenda que a festa só acaba quando o último cai. Isso, mais ou menos no começo da noite. Eles começam cedo, mas não vão até tão tarde...

Não dá pra dizer se gostei mais do carnaval de Colônia do que dos que conheço no Brasil ou vice-versa. A festa daqui é diferente. A música é mais folclórica e mais lenta, não tem muito aquilo de PULAR o carnaval como no Brasil... Mas nem por isso as pessoas se divertem menos. É bom porque as pessoas se entregam, curtem aquilo de verdade, tenha ela 17, 25 ou 60 anos.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Aqui...

Aqui, digo, na DW as paredes da HAUS 2 há cerca de duas semana trazem uma coleção de quadros. Engraçado é, que por vezes se passa tão rápido por eles que nem se percebe o traço. Vou dizer: Max Ernst e Wassili Kandinsky estavam entre eles.

Aqui, digo, em Köln, tem carnaval (karneval) amanhã. A coisa toda tem um ápice: 11h11 da manhã do dia 11 do 11. Uia! Com toda uma explicação histórica que vai de San Fermín à Revolução Francesa...

Amanhã, estarei lá!

Indignações


Não me conformo!

Não que elas sejam sem sabor, maaaas eu não consigo acostumar com o luminoso em frente aos Kebab e Döner aqui de Bonn: Spezialität Orientalisch Pizza! Tudo bem! Que árabes e turcos queiram fazer pizza eu entendo, mas que essa seja uma especialidade! Rá! Pra vocês verem como eu tenho cá minha razão, pergunte a cor da caixa em que as ditas vem: Funiculì Funicolà!

Detalhe... alguns lugares safaduxos vendem apenas pizzas em tamanho próximo ao nosso brotinho. Não posso porém, reclamar. As redondas não se comparam às paulistanas, mas matam cá minha fome!

PS: Esses dias, em busca de um susbstituto à pizza do grego (pelo menos é mais perto geograficamente da Itália!) entrei em um Kebab e lá, além da pizzinha, eu encontrei um moço comendo com muito gosto seu falafel... Na mesa dele, um exemplar de um guia de viagem ¨Alemanha¨. me identifiquei tanto!
PS: A foto eu tirei de um site de kebab!

Perdi!

Perdi shows que eu gostaria muito, muito de ter assistido em Sampa!

Kaiser Chiefs ... que a Geo achou ¨pop demais¨
Breeders... que eu gostaria de ter visto com o Galano!
Jesus and Mary Chain... Porque eles são fo-da! E a turminha que foi me dá saudades!
Block Party... Eu iria... sou festeira, ué!

Pra quem foi: Invejaaaaaaaaa! (Boa, mas inveja!)
Ainda pra quem foi: Tá aberta a temporada de rasgações de seda e ódios gerais.

Detalhes tão pequenos...

Detalhes. Pequeninos sim, mas não pouco peculiares. A diferença de você conhecer uma cidade européia em um tour beeeem turístico e olhá-la com retinas de morador é exatamente a percepção dos detalhes.

Vou falar mais uma vez do Reno, que me desperta paixões (de vários tipos).
Além de exemplares de uma arquitetura de tirar o fôlego, dos barcos de carga ou gente, a orla traz alguns detalhes que vocês só vê se repetir o caminho muitas vezes ou tiver um olho de lince.

Hoje, ¨pesquei¨ duas. Uma são as placas dispostas em diferentes distâncias no decorrer do passo. Em cada uma pode-se ler a temperatura média, a dimensão, o tempo que leva para completar uma volta e a distância do Sol. Sim, meus amigos! Um sistema solar. Parte do SONNE (Sol) - óbvio - que está representado próximo à DW e segue até Plutão, muito além da minha casinha...
Fiquei achando meio descabido, talvez porque, pra mim, a paixão pelos planetas e planetários tenha ficado na infância.

A segunda belezura, são meninotes de ferro (creio) sentados sobre uma amurada co binóculos nas mãos. São vááááááários... Muito fofos! Ficam um pouco escondidos entre a folhagem que antecedem a dita amurada e o casarão que ela guarda, mas acabam por pegar um observador mais apurado de surpresa num típico: Rá! Te peguei!

Ontem, na voltinha que dei pra ver se passava meu ¨desconforto¨ - é, PERDI uma feijuca! - dei de cara com uma Estrela de Davi. Junto dela, uma inscrição em deutsch e outra em iídiche. Pelo que compreendi, são as ruínas de uma sinagora destruída pelos Nazi aqui em Bonn. Não sei se ela originalmente próxima ao Reno, onde estão as ruínas. Vou pesquisar e conto! Ui. O negócio mexe com a gente...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Organizando a vida...

Como se organiza a vida?

Eu estou tentando organizar a minha, o que quero fazer, quais os próximos passos.
É difícil. Veio uma frase na minha cabeça, agora no final da tarde. Ela soou forte, muito forte, mas quis dizer muito. Aliás, quer:

Faz-me sentir necessária!

É disso que eu necessito.

Depois da filosofia de botequim, voltamos à rotina bonniana. ;)

Nunca tive problemas para dormir. Pegar no sono e ter uma noite tranquila, sem acordar sequer uma vez. Nem mesmo em épocas estressantes. Saudade daqueles dias.

Aqui, até segunda ordem, nada havia acontecido. Eu ia pra caminha, capotava e abria os olhos só pela manhã. Tudo muito natural. A verdade, é que em São Paulo ou onde quer que estivesse, a noite só era perturbadora se necessitasse água! Ressaca das brabas, sabe?!

Bom, não é o caso aqui. Há alguns dias, quatro ou cinco, simplesmente não tenho uma noite de sono decente. Acordo, durmo, durmo acordo. Tenho a incrível sensação de que não preguei os olhos durante toda a noite. Há sede, desconforto térmico - calor, mesmo com a janela entreaberta, calefação desligada e corpo meio descoberto - não me satisfaço com qualquer posição que seja no catre (a-do-ro essa palavra!).

Não bastasse, sonhos lisérgicos são uma constante. Sim, eu nunca tive lá sonhos muito certinhos, mas não me diga você que sonhar com híbridos de sapos e caracóis invadindo sua casa, gafanhotos gigantescos presos ao teto da casa de sua avó que plana sobre a sua seja lá muito normal.

Pior, eu tenho as sensações do sonho vivas. Aterrorizante.

O outro sueño, lisérgico da mesma forma, fez eu, Geo, Louis, Locão e uma série de outros amigos parte da turma do Scooby-Doo. Acho que wurst antes de dormir não faz lá muito bem!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Hitchcock


Preciso externar meu pavor.

Eu entro em pânico a cada novo corvo que avisto em meus passeios pela Altstadt (centro velho) ou pelo Reno. Piora se o bicho vem piando, gorgeando ou sejá lá o barulho que essa ave faz.

Creio, isso é herança hitchcockiana... Dos tempos que eu escolhia filmes para fazer análise de banda sonora...

Ai senhor! Salve-me desses emplumados!

Costumes

Aqui, se alguém esbarrar em você, esqueça o pedido de desculpas. Ele não vem. Também, ninguém se preocupa se você vai se retratar se o contrário acontecer. As mesas em restaurantes e afins são divididas com estranhos. Não é necessário conversar, mas é de bom tom dizer olá, perguntar se o lugar está vago e desejar bom apetite.

Outra diferença é: Você está prestes a atravessar a rua, vem vindo um, dois, dez carros, to-dos param e esperam que você atravesse. Isso é uma emoção pra quem saiu de Sampa sem escalas e não, de onde eu venho, lá da pequena torre, não há esse costume, as pessoas te atropelariam. O caso é que a maior parte dos caminhantes também respeita o sinal, quando há, e a faixa de pedestres mesmo que a rua esteja deserta.

Para a terra da batata com salsichão, você é responsável pelo seu lixo, mesmo que ele ainda não exista nessa forma. Então, a cada compra de uma coca-cola, chá, suco em garrafa descartável, prepare-se, serão adicionados 0,15 euros a sua conta. O mesmo vale pra inofensiva sacola de supermercado. E, sim, eu acho muito digno.

Segundo dois guris brasileiros que estão em Bonn há mais tempo que eu, quando se está num jogo de futebol - um acontecimento digno de apresentações e afins - o ¨locutor¨ entra em campo e: Blábláblá... blá bláaaaa blá... Danke schön! Logo vem um coro da torcida: Bitte schön! Tô pagando pra ver isso acontecer no Maraca!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Aquático.


Manhã de terça-feira, você levanta às 7h30 com um panorama cinzento e com toda pinta de ¨frio do cacete¨e faz o quê? Chorar não está entre as opções, sinto. Voltar pra caminha quente, também não.

Levante então sua bundinha dos lençóis e caminhe até o chuveiro. Saia de casa. ¨Opa, não estava frio como se previa¨, você pensa. Então, mais feliz, você segue com uma mala de roupas sujas nas costas. São umas 10 a 15 quadras, se você não se perder num centro com referências de ruas medievais. Antes, seja bonzinho e passe em um supermercado. É simples, não precisa pensar muito... Quer dizer, basta cheirar, o menos ruim você escolhe, pega, paga. São só sabão em pó e amaciante.

Putaqueopariu! Gente mal humorada pela manhã... Ok, ok. Caminhe. Depois da praça à esquerda. Puta merda, o washsalon, laundry, lavanderia, só abre às 9h30. Vá tomar um café, tem um belezinha na esquina. Hum! Você sonhou ontem à noite com esse pão francês (?) mais queijo! Pague. Olha!, foi o tempo preciso para que abrisse a lavanderia.

O lugar em nada se parece com a foto aqui postada. Não é assético, não é monocromático. Tem 7 máquinas de lavar, duas secadoras, uma porção de mesas estreitas, um balcão de bar - que é muito útil, já que ali é servido de café a cerveja - alguns sofás. Há quadros na parede, em sua maioria à venda, o estofamento é em veludo vermelho ou estampado com o tema ¨onça¨. Há ainda objetos bem humorados, como dois ursos vermelhos na vitrine.

Você então entra, pede ajuda para ligar a dita lavadora, ganha a simpatia do dono. Logo estará sua roupa cheirosa e quentinha, mas até lá, tente ler uma Vanity Fair em alemão, escreva num bloco, tome café, converse. Quase no fim do processo surpreenda-se: Ouça uma senhora entrar, sentar-se frente ao piano - desculpe, não disse, há um - e tocar uma música com precisão.
Lavar roupas nunca foi tão proveitoso, ao terminar, o dia lhe sorrirá com um sol radiante. :)

*Mais fotos roubadas, confesso. A lavanderia foi retirada na caruda do blog mamaloshen, que pai Google deu como opção a minha busca ¨laundry¨.

Sim, isso foi um remorso jornalístico. Voltamos a nossa programação normal.

Foias.



Vou dizer: Essas folhas existem por aqui. Eu sei, sim, sim, ingenuidade minha pensar que não. Mas, diabos!, essas ditas na minha infância eram exclusividade do Canadá.

Deviam ser como vitórias régias, saca?!

(Por favor, biólogos de plantão, não me envergonhem ao dizer que vitórias régias também podem ser encontradas... ou que essa espécie de árvores... Eu me recolho a minha ignorância! Foi só um desabafo!)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Contra a prolixidade.

Manisfesto contra a (minha) prolixidade.

Eu devia escrever assim...

São duas as coisas a que eu não consigo me adaptar:
- Tomar água da torneira
- Jogar papel no vaso

(Isso era o essencial, deveria ser também o ponto.)

E tenho dito, aprendi, desde criancinha:

- Menina, tira essa boca daí! Não pode tomar água da torneira!

Ou então...

-Onde já se viu?! Agora deu pra jogar o papel fora do lixo! Manda tudo água´baixo pela privada!

E as caras eram bastante indignadas!

Estai(o)s bonnianos.

O novo frisson paulistano, a menina dos olhos da garoagem é a ponte Octávio Frias de Oliveira e seus estais. É linda, linda, linda e dava pra ver do terraço da antiga casa da Geo, minha primeira morada paulistana.

A Estaiada está em todas de novela a editorial em revista de arquitetura e urbanismo e é um puta feito de engenharia. Em uma matéria da Veja, descobri que a estaiada paulistana é a única do mundo com duas pistas em curva sustentadas a partir de um mesmo mastro. Também pude saber que seu cume tem a mesma altura de um prédio de 46 andares e que um operário morreu durante a construção.

Resa a lenda, a estaiada vai ter sua iluminação alterada em cores com o passar das estações do ano, mas aí já não posso dizer com tanta certeza. A verdade é, que mesmo com tantos atrativos, eu me cansei dela.

Mas então, diabos, por que falas da tal ponte? Podem perguntar-me.

E eu digo. Bonn tem seus estais, também! A ponte, muito, mas muito mais humilde que a da capital paulista não tem curvas ou estais amarelos e sua iluminação é azulada. É muito mais curta que a paulistana e, isso eu arrisco, tem menos pistas. mas é bonita e tem um quê que a nossa brasuca não tem: O Reno.

Desculpe, Tietê. O Reno não está lá aquela limpeza, mas nada se compara ao esgoto do rio que corta Sampa. Aqui, também o curso d´água sai ganhando já que faz circular toda sorte de mercadorias e oferece aos turistas um passeio romântico por entre castelos medievais e modernos.

Toda a lenga-lenga, só pra dizer: Passei pela tal estaiada de Bonn - que liga a cidade a um de sesus bairros, Beuel, e a Autobahn que leva a Colônia - no dia em que cheguei. Achei longe. Ontem, caminhando pela margem do Reno, fui a pé até ela. Subi, pois há passagens para pedestres, e olhei o rio de cima. É perto e bonito. Vale dois ou três clics.

A todos: As batatas!

Minha gente... Tive enfim, minhas primeiras experiências com a culinária local. Mas também, entrei de sola. A primeira foi sexta. Atrasei-me para a reunião de pauta, inclusive.

Escolhi a dedo o lugar: um cantinho escondido na Hauptbahnhof (a estação central daqui) e pedi ¨Ich möchte ein bratwurst, bitte¨ e a coisa veio. Um pão meio triangular, daqueles em que os turcos montam os dönners recheado, exclusivamente com uma salsichona branquela - ou seria lingüiçona?! - e um pouco, beeem pouco, de mostarda.

O gosto. Preciso refletir... Eu que sou pouco amante de carnes achei tragável. Tem gosto de salsicha de frango, das melhores porém. Que me perdoem os alemães, mas prefiro as batatas que eles preparam.

Falando em batatas, final de domingo, eu com duas fatias de pão preto, uma maçã e alguns damascos secos no bucho, resolvo ir mais uma vez à praça do mercado. Havia passado por lá umas dez vezes durante o dia, um dia, diga-se de passagem, atípico na pacata Bonn. (O adendo: Uma multidão invadiu as ruas neste domingo para aproveitar a liquidação que as lojas promoveram e as ruas centrais estavam impraticáveis!... ) Bom, voltando as batatas e gulodices...

Caminhei até o centro por volta das 18h e fui escorraçada em um dos traillers que vendem comidas típicas. O tiozinho que juntava suas tralhas e estava bem mal-humorado disse seco a mim e a meu sorriso turístico: Fechou! E eu me encolhi e fui embora... A vontade era de mandá-lo a merda, mas achei bem pouco feliz fazer isso. Enfim, rabo entre as pernas fui a outro carrinho. Lá depois de esperar numa fila com cerca de 10 pessoas, pedi: Currywurst mit pommes (lingüiça com curry - sim, o indiano - e ketchup com batatas fritas) e uma cerveja, desta vez, pils: Pitburger. Boa, mas só boa.

O gosto. Desta vez, um milhão de vezes melhor. Basicamente é a mesma wurst da primeira vez, mas o ketchup e o curry fazem uma puta diferença. As batatas dão um contraponto bom. Enfim, felicidade quase completa.

A felicidade só foi mais felicidade quando eu, não contente em estar explodindo, passei em uma ¨batataria¨ - termo meu - para experimentar a mais internacional das iguarias preparadas com esse tubérculo: Batatas fritas! A ¨batataria¨ era holandesa e as ditas cortadas palito, porém, palitos goooooooordos que ficam com uma casquinha crocante e um interior tenro. Hum! Uma porção média só com sal sai por módicos 1,8 euro.

Eu e minha gulodice não contentes, esticamos o olhão para o cone - onde as ditas vêm - que a mocinha, dentro do estabelecimento, segurava. Era uma maravilha que custava 2,90, o tamanho médio, e vinha com três adicionais: Mayo (maionese), Ketchup (ele próprio) e Zwiebel (cebola) cortada em pedacinhos ínfimos e nas opções ¨frita e crocante¨ ou ¨crua¨. Escolhi a primeira e, mais uma vez, ganhei a simpatia do moçoilo que vendia a iguaria por falar uma mistura de alemão e inglês. Rá.

O gosto. A perfeição... Não sou muito de maionese e ketchup, minha preferida mesmo é a dupla mostarda mais pimenta, mas desta vez, foi idílico. A consistência da dona batata aliada a dupla obesa e os ¨quês¨ acebolados, hum! Foram uma explosão de sabor. A conclusão: sede e uma noite mal dormida, mas com muito prazer. Rá!

No próximo capítulo: Frikadele mit pommes.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Se é para sofrer...

... vou sofrer em Paris tomando champagne.

Essa foi o Pegoraro quem me disse há um milhão de anos e que se fez presente na memória esses dias. Sim, é cruel usar essa expressão, eu sei. Mas não pude evitar.

Sobre aquelas saídas de ar do metrô famosas pelo vestido e pernocas de Monroe, dormia um moço de uns trinta e poucos anos. Enrolado em um saco de dormir verde musgo, gorrinho na cabeça e uma mala surrada. Foi a primeira pessoa que eu vi nessa situação em Bonn. E achei nada feliz. Com o frio dos próximos dias nem consigo medir o que essa gente pode passar.

E falando em pobreza, mais comum - mas nem tanto assim - é ver homens e jovens sentados com seus cachorros ou copos de café a pedir um trocado no centro histórico da cidade.

E falando em mendicância, mas não em pobreza, tem um guri (leia-se uns 20 anos) que todos os dias vem com a mesma cara e a mesma conversa a abordar os transeuntes pertinho da Hauptbahnhof (estação central). Ele tá sempre rasoavelmente bem vestido, com uma cara de desespero e fala rápido. Pelo pouco que pude entender, diz que precisa de um ou dois euros (!!) para pagar a volta pra casa. O sem noção já me parou umas quatro vezes, não dei grana em nenhuma. E agora, olho pra cara do indivíduo e rio. Porra! Pelo menos se liga em quem tu já abordou umas 10 mil vezes, sabe...

Notizen.

Hoje, nada demais pela manhã. Clima típico bonniano (rá, neologismos, eu gosto): garoa, céu cinzentinho e um passo sim, outros 30 não, uma lufada de vento úmido que arrepia.

Nada demais, como disse. Um casaco mais grossinho ou duas blusas mais finas dão conta do recado. O diferente foi o comportamento dos meus dois indicadores e do dedo médio da mão direita. Vermelhos, gelados, doloridos. Primeiros efeitos reais do frio europeu. Preciso de luvas.
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Ainda pela manhã, a caminho da DW, três pessoas olharam pra mim - as três vezes enquanto eu esperava pela luz verde para atravessar a rua - e abriram sorrisos imensos. Dois moços, um deles de bicicleta, e uma senhorinha simpática de chapéu bordô.

Será minha cara feliz ou o guarda-chuva multicor?
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Comprei ameixas gigantescas made in Italy e chá verde em uma frutaria - era mais chiquetoza que uma quitanda, hehehe - e a atendente ficou toda preocupada. ¨Isso é chá verde, de plantas. Está certo?¨ Estava. Gente, era só chá verde. Garanto, para comprar cocaína ninguém te perguntaria: Você está certo disso?
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Ontem, tomando cerveja e comendo um combo - sim, um combo - de especilidades da cozinha mexicana - não briguem comigo! Pior foi Romeu que pediu pizza no mexicano! - experimentei o que o Paulo havia postado no blog dele sobre diplomacia multinacional: ¨Além de se controlar pra não ofender de graça um colega de outro país, tem que se controlar pra não se irritar com as opinões alheias.¨

Aqui, se aplica a primeira parte. Em uma redação com portugueses e sotaques africanos dignos da terrinha, onde há negros e branquelos, sulamericanos - brasucas de diversas regiões, africanos, europeus, isso é mais que um exercício. É cuidado e bom senso.

Daí, que ficamos eu (paulista do interiorrrrrr), Julia (gaúcha/balnear camburiense) e Romeu (moçambicano de Maputo) a discorrer sobre a coisa. Tudo porque, primeiro dia na DW eu chamei o Romeu de ¨nego¨ como faço com todo mundo e criou-se uma encanação na minha cabeça. Será que ele se importa?

Às vezes há pré-preconceitos.

E falando em sotaques e expressões...
Estou a falar coisas como os (por)Tugas, opá. Ou melhor, estou quase a falar. Ao menos por enquanto, me segurei, mas vou te dizer, as frases vão se formando cá na minha cabecinha perturbada com um acento luso incessante.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sons latinos.


Latitudes e latinidades próximas aproximam as pessoas.
Cacofonias a parte, uma música - apresentada pelo Tosetto - anda a me perseguir já há algum tempo. Versão latina do Buena Vista Social Club para a pérola do Franz Ferdinand "Dark of the matinné". Vale a pena, viu. E dá pra achar no YouTube pelo nome da canção plus intérpretes.

Além dessa, Kaiser Chiefs entre outros.

O som é tão bom que você acaba por se pegar dando umas balançadinhas para o lado. :)

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Mudando de pato pra ganso (eu gosto dessa expressão, apesar de achá-la tolinha!) é a primeira vez que encaro um blog como blog.

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Mudando de ganso pra pato...

Receita: A história de sexta.

Ingredientes.

1 quilo de convite para visitar Colônia
1 xícara de mudança de planos
5 ou, melhor, coloque logo 6 pessoas - todas praticamente desconhecidas para a acrescida por último nessa receita.
1 punhado de Pendel (o bar)
2 dedos de Flower´s (o inferninho)
3 folhas invernais derrubadas pelo frio
Jever (um dos tipos de cerveja consumidos)
"Sem fim" para flambar.

Modo de preparo.

Pegue o convite para Colônia e marine por duas a três horas. Substitua o tempero e adicione uma xícara de mudança de planos. Aqueça a mistura em fogo brando e alguns litros de Jever. Assim que estiver a 28ºC, mais ou menos, adicione um punhado de Pendel e outras três pessoas - duas, depois, mais uma para dar gosto.

Deixe cozinhar.

Depois de cerca de quatro horas, acrescente 2 dedos de Flower´s ao som de rock 60´s e 70´s. (Há aqui um ingrediente secreto, pode ser uma gota de "nossalinguadaianeza" e amizade com a dona do bar). Flambe em "sem fim". Depois é só retirar do fogo e desenformar em 3 folhas invernais beeeem geladas, antes de levar para a mesa.

Uma delícia que faz a gente perder as estribeiras!


PS: Foto roubada da própria página do Pendel, o bar onde tudo começou... http://www.cafe-bistro-pendel.de/

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Poppelsdorf


Essa é Bonn, uma pequena área do centro, na verdade.

Por falta de fotos próprias - e isso vai ser solucionado logo - roubei uma.

Dá pra ver o Schloss Poppelsdorf e sua Alle (algo entre alameda e avenida, no meu entender). Na área externa do palácio está o Jardim Botânico de Bonn e nele alguns museus científicos como o de mineralogia (pirei?).
Em cima, dá pra ver uma mancha azul, não? É um pedaciquinho do Reno.

Garoa.

Olá pessoas queridas!
Sinto saudades e esse blog vai servir pra algo, creio... Contar causos (ou casos), dar notícias boas (espero!), falar besteira e matar um pouco dessa saudade!

Hoje é segunda-feira e estou uma semana e três dias atrasada nas atualizações, então, não esperem que eu comece do começo.

O clima típico desses dias de início do inverno apareceu esta manhã: Nuvens cinzentas que não te deixam saber se acabou de amanhecer ou passou do meio dia e uma garoa ¨paulistana¨. Mesmo assim, vim caminhando pelo Reno até a Deutsche Welle (DW).

É interessante ver que mesmo com a chuvinha as pessoas aqui saem para seu cooper, vão aos lugares de bicicleta - com e sem guarda-chuva - e mantém-se fiéis aos passos em detrimento do metrô e dos ônibus. Acho uma graça! Rá! Falando em bicicletas... eu fico com a seguinte sensação ao ver tantas atadas a postes, gradís e toda sorte de suportes ou simplesmente apoiada nos ¨pezinhos¨ de parada: ¨Alguém vem me buscar algum dia?¨ Verdade! A mim elas dizem entristecidas que estão a esperar donos que nunca vêm e, sim, eu sei. Isso é pira da minha mente perturbada.

Voltando às caminhadas... Eu, também pretendo andar até o trabalho mesmo com chuva. Hoje é meu ¨debut¨ nas entrevistas. Aziz ab´Sáber e Carlos Nobre, ambos a falar de meio ambiente, que desde a ida à Sampa me persegue.

Notícias mais interessantes, logo. Com direito a meu alter ego e seu dialeto (só para iniciados).

Tchuss! (Lê-se: Tchu-úuss)
D.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008