quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Who loves the sun?


Solzinho puto! Apareceu todo faceiro hoje pela manhã, mas ontem, dia de carnaval em Colônia, o dito resolveu esconder-se.

Vou dizer o Karneval de Köln é uma experiência a parte. Segundo maior da Europa - só perde para Veneza - a folia é em fevereiro, como no Brasil, mas aqui, o grito de carnaval acontece bem antes em novembro. Mais exatamente em onze de novembro às onze e onze da manhã. 11 do 11 às 11 e 11, não por acaso.

Na internet você encontra duas explicações possíveis... a primeira e mais plausível tem a ver com São Martinho, a segunda, mais divertida, indica a repetição de números como uma referência ao que eles chamam de ¨número de cachaceiro¨. Tem seu por quê: Oito, nove da manhã, eu e Julia na Hauptbahnhof para tomar o trem que nos levaria ao festerê, e uma caralhada de pessoas fantasiadas empunhando cervejas, vodkas e toda sorte de vinhos e outras opções etílicas.

Engraçado, que sempre tão corretos os alemães são, que quando há uma atitude ¨errada¨ nós estrangeiros ficamos um pouco chocados. Depois de desafogado o trem digno de um pré-rush em Sampa, o que restava pelo chão eram muitas garrafas vazias... Enfim, saímos do trem e fomos atrás de alguns adereços para não parecermos as únicas fantasiadas de gente séria da festa! Hehehe...

As pessoas aqui, se fantasiam de verdade. São roupas bem elaboradas na maior parte das vezes. Algums chamam muito a atenção. Muitos Luigis e Mários, Amys e Coringas, mas os dois ¨pares de caras¨ que eu mais gostei foram dois barbados a la anos 70 vestindo agasalhos adidas e óculos escuros e outros dois ¨montados¨ a cavalo ou ema de pelúcia!

O povo perde a linha depois da contagem regressiva e da música que saúda Colônia. Entre inúmeras bandinhas folclóricas e barracas vendendo pretzel´s e wurst´s numa praça imensa eles bebem, paqueram, bebem e bebem. Tiram sarro da sua cara e gritam muito. É divertido. Além da praça um milhão de inferninhos abertos e cheirando a cigarro te esperam! Se você anda pra longe da muvuca central acaba encontrando festas paralelas em praças com jeitão medieval e ruelas estreiras. Em uma dessas ruas foi que encontramos um samba genuinamente espano-brasileiro e uma batucada com toda ginga brazuca. Num güentei o ziriguidum e dei uma sambadinha... hehe!

Infelizmente não fiquei até o fim, dia de branco. Reza a lenda que a festa só acaba quando o último cai. Isso, mais ou menos no começo da noite. Eles começam cedo, mas não vão até tão tarde...

Não dá pra dizer se gostei mais do carnaval de Colônia do que dos que conheço no Brasil ou vice-versa. A festa daqui é diferente. A música é mais folclórica e mais lenta, não tem muito aquilo de PULAR o carnaval como no Brasil... Mas nem por isso as pessoas se divertem menos. É bom porque as pessoas se entregam, curtem aquilo de verdade, tenha ela 17, 25 ou 60 anos.

2 comentários:

  1. Vc sabe que descrever não é a mesma coisa que fotografar, né? Cadê as fotos deste povo toda Dai??? [D.]

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  2. Donana... prometo que vou atualizar!
    Obrigada por ler... E agradeça o Waldir pelo ¨crucitar¨... a descrição do café que ele fez é a melhor, ever!

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