segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Janelas.

Edward Hopper gosta de janelas. Eu gosto de janelas. Sempre gostei. Gostava de desenhá-las e pulá-las quando era molecota e, jovem, elas me fascinam enquanto elemento de arquitetura e em aspecto filosófico. Uma janela pode fazer uma casa simples se tornar diferente, como também pode a-ca-bar com qualquer fachada.

Desde de que cheguei, as janelas me chamam a atenção, talvez porque sejam diferentes das que costumo ver por São Paulo. Arquitetonicamente, as alemãs são, em sua maioria, de vidro. Vidros amplos e lisos, há poucas com pingadeiras ou elas são, simplesmente, diferentes. Também seus parapeitos são mais largos, formando uma base interna onde mora a grande diferença dessas peças germânicas.

Em todas - ou quase todas, vá lá - janelas desse país há um quê de aconchego. Nas construções próximas ao Reno não é difícil ver vidraças que servem de base a desenhos infantis feitos com tinta guache. Muitas vezes, as figuras trazem barcos coloridos... Longe das águas uma infinidade de bibelôs, folhagens, móbiles, figuras coladas e, no natal, candelabros e luzes.

Lembro que, em uma das noites que caminhava com o pessoal da DW pela Altstadt (cidade velha), falamos sobre essa particularidade. A teoria do aconchego nasceu daí. Num país onde o frio é intenso e muito se pemanece em casa é totalmente plausível que esta seja uma forma de dialogar com o mundo de forma amena... Que esta seja uma forma de trazer "calor" pra dentro...

Um comentário:

  1. Sabe a delícia que é ver vc falando destes detalhes? Isso é viajar, isso é VER! {D.}

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